1,2,3,4…. tell me that you love me more

Um Domingo pra encontrar a Feist, bem ali…

Nós dois e um pug que dorme em cima de meus pés, descalços, que pisam o chão não tão gelado, e não tão quente.

Se os olhos tentam mirar um específico pingo da chuva que cai lá fora, os ouvidos prestam atenção na melancolia da voz, que se mistura com o dia perfeitamente triste e estratégicamente preguiçoso que se anuncia.

Sempre me imaginei sozinho, num dia de chuva, triste, com um fundo e uma voz igualmente, longe de qualquer coisa que pudesse realmente me incomodar. Sempre pensei na perfeição desse dia, sem uma minúscula coisa sequer fora do lugar, sem chateação ou preocupações adultas. Apenas chuva, violões e uma voz para me reconfortar. Ali não caberia mais ninguém. Mas a gente nunca consegue imaginar a perfeição, e por mais que eu me esforce pra isso, a realidade é sempre diferente daquilo que penso. Só que dessa vez ela é melhor.

Hoje a realidade foi perfeita. Tinha mais coisa do que solidão, chuva e voz. Tinha outra alma, no outro quarto. Outra voz e outro violão.

Não sei se retomar as atividades neste blog justo no dia em que o São Paulo perdeu a invencibilidade é uma boa idéia.

Talvez tenha sido a derrota, a chuva ou o fracasso da procura. Algo que não deu certo me deu a vontade que eu tanto procurei nos últimos meses. Escrever sobre coisas desagradáveis é mais fácil.

o jogo

Pra começar não foi penalty.

Pra terminar, isso foi tudo o que vi do jogo. Isso e o gol do Hernanes. Preciso admitir, fiquei falando na frente da televisão que quem tinha que bater a falta era o Juninho.

Para alguns torcedores a parte mais interessante do futebol é quando o seu time ganha.

Perder às vezes também é bom.

a chuva

Caiu enquanto nós fazíamos compra. Dentre tudo que adquirimos, uma coisa eu recomendo muito: MELONA. De melão, morango e banana.

a procura

Ainda não achamos. E isso é tudo.

Este post foi escrito enquanto ouvia as três primeiras faixas de Oh, Inverted Word, do The Shins.

Entre uma tecla e outra comi um sanduiche de atum com tomate.

Taí a receita: comida + música = post.

por que é natal…

Poucas situações podem causar uma sensação tão boa quanto a de fazer um presente pra ela, ouvindo a Orquestra Imperial e o ronco que vem debaixo da cadeira…

terça.

Tem dias que nem o Théo me faz feliz.

Na verdade, são noites. Sozinho, sem inspiração ou saco  pra achar algo legal pra fazer.

Na verdade não precisava nem ser legal, podia ser algo útil, como lavar a louça, ler um livro ou simplesmente deitar e descansar. Mas não, a louça continua lá, o livro não quis se abrir e, apesar de não ter feito porra nenhuma, estou tão cansado como se tivesse carregado toneladas de pedras, a noite toda. Nem os presentes de Natal. Nada.

Procurei baixos, brinquei com o cachorro, fui mordido e procurei também não me entediar. Ouço Nude depois de muito tempo. E escrevo, depois do mesmo tanto de tempo.

Essas noites tristes costumam vir de terça e quinta. Não todas as terças e quintas, mas quando aparecem são nesses dias. Difícil uma quarta triste. Videotape é perturbadora.

Estive fora, daqui. Ouvi muito Belle & Sebastian e salvei um coelho.

Acho que reencontrei a vontade de escrever.

Mas por quê a tristeza?

Terça. Noite de Libras.

músicas e números

Eu, que não sou chegado a leitura, estou lendo dois livros ao mesmo tempo.

Um sobre canções e outro sobre discos.

Na verdade, o “1001 discos para ouvir antes de morrer” é uma leitura contínua. Você escolhe uma página e lê sobre o disco, se interessa ou não, e depois parte pra outra página e outro disco, aleatóriamente.

O “31 songs” é diferente, e apesar de seus capítulos serem divididos por canções, o livro tem uma ordem lógica. Se você quiser ler da mesma forma que o outro até dá, mas perde um pouco do sentido e da graça do livro.

A maioria das 31 canções eu não conhecia, por isso tive que baixar no e-mule. A idéia era primeiro escutar as músicas e depois ler o livro, mas ontem deixei isso pra lá e fui direto pra leitura. Resolvi que depois que eu acabar eu gravo um cd e tento enxergar o que o Nick Hornby enxergou. A versão importada do livro já vem com o cd.

O legal é que nem todas as músicas ele acha “genial” ou “provocativa”, existem lá também apenas boas canções. Ele relata, por exemplo, que não é muito fã de Dylan, mas que tem 27 discos do compositor, e que acha que ele escreve mais para a cabeça do que para o espírito, e que isso não o atrai muito.

Eu não saberia descrever as minhas “31 songs”, mas acho que também teriam coisas que me surpreenderiam.

Prisão das ruas, do Ira!, é uma delas. Não é uma música excelente, mas me acompanhou por um bom tempo. Tangerine, do Led III, me lembra uma época de bastante proximidade com meus amigos, e assim vai.

Acho que eu escolheria as músicas baseado não só nas letras ou melodias, mas também em como elas me afetaram e continuam me afetando.

Se eu já faço isso com tudo, por quê com as canções seria diferente?

tudo que sei sobre baseball

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gibson robot guitar

gibsonrobo.jpg

Coloque as cordas, aperte o botão e ela se afina sozinha.

Com presets na memória, você pode, com um clique, tentar soar como Hendrix, Page ou Robert Johnson.

Alguns vão achar uma porcaria, coisa de preguiçoso, de gente que não sabe tocar e até mesmo uma afronta à pureza musical a aos ouvidos absolutos.

Eu gostei. Afinar instrumentos é mesmo um saco, ainda mais no meio do show, com a canjibrina na cabeça.

Lembro de algumas festas dos Abutres em que muito me seria útil ter um baixo com a mesma tecnologia.

A Gibson promete o lançamento para 07 de Dezembro, e disponibilizará apenas 10 guitarras por loja. O preço? Não sei, mas deve ser alto.

Clique aqui e veja como funciona.

para o gil e o pistola

Para o Gil,

Interpol em São Paulo, 11 de Março,  no Via Funchal.

De $ 100 (pista) a $ 160 (camarote)

Será que o Cá vem?

Ingressos a partir de hoje.

Para o Pistola,

Radiohead em cd, 1º de Janeiro, nos USA.

Aqui? sabe-se lá…

preguiça

Ando com preguiça de escrever sobre o Brasileirão.

O corinthians empatou, e mais por incompetência do Goiás do que por suas próprias pernas, deve se livrar da Segundona no ano que vem. Acho que os dois times perdem as duas que faltam.

Rodada boa pro Palmeiras, que joga só na quarta, e se ganhar entra mais uma vez no G-4.

A gente, bom, a gente ganhou outra, e parece que foi um jogo legal até, mas Domingo com chuva….

 …preguiça.

in rainbows e suas origens

Quando ouvi o disco novo do Radiohead pela primeira vez estava tão ansioso que não fui capaz de saber se era bom ou ruim, apesar de ter gostado muito dele. Mas como gosto muito de tudo que os caras fazem, fica difícil uma análise imparcial.

Mas depois do êxtase ter passado e eu ter conseguido ouvir e desfrutar o álbum, posso dizer sem medo de estar falando merda: o disco é muito bom mesmo.

Mas não me pareceu ser novo como era o Ok Computer ou o Kid A, e  algumas coisas eu tive a sensação de já ter escutado. Passei uns dois dias ouvindo o My Iron Lung, Ep lançado entre o Pablo Honeys e o Bends, mas não foi ali que encontrei o que procurava, até que um dia, indo trabalhar, veio o estalo: “Radiohead – B sides and unreleased Part III”. Um cd que tenho com os lados B de Pyramid Song e Knives Out, além de algumas músicas inéditas, ao vivo e outras versões.

Lá encontrei Nude, ao vivo em Vancouver, de junho de 2001. Tem também Trans-Atlantic Drawl, que poderia estar num mesmo disco com Bodysnatchers sem problema algum. Isso sem falar de Fog, uma das minhas prediletas, e que está também no Com Lag, só que lá apenas com o Thom Yorke ao piano. A versão de Airbag, de 95, dois anos antes do lançamento do Ok Computer, também é muito boa.

O legal de ter redescoberto esse cd é a impressão que dá que o Radiohead é uma banda melhor ainda do que parece ser, pois compõe e depois transforma as músicas, sem pressa de lancá-las de qualquer jeito. A versão de Nude do In Rainbows é muito mais legal, com aquele baixo presente que não tem na versão mais antiga.

Aliás, o baixo do In Rainbows me fez voltar a uma mania que eu tinha, quando tocava, de ouvir música escutando, principalmente, o baixo. E as linhas do Collin Grenwood neste álbum estão excelentes. O baixo de 15 Steps, harmonioso com o resto da música e cobrindo a ausência de vocal antes do refrão final é bem empolgante. Pelo menos pra mim, que sou baixista.

In Raibows me fez redescobrir coisas antigas do Radiohead que faziam um bom tempo que eu não ouvia, mas que permaneciam em algum lugar da minha cabeça, assim como a mania de baixista. Só por isso já teria valido a pena, mas tem muito mais. Tem All I Need, Videotape e outras coisas. Não é um disco muito diferente do que eles já vinham fazendo, e alguém até disse que eles encontraram uma fórmula. Pode ser. O importante é que ela tem funcionado.


crônicas de sofrimento e obsessão por um clube de futebol...

Comentários

RUTH em 1,2,3,4…. tell me that y…
Renato em 1977
Marquinho em 1977
rafei em gibson robot guitar
Walter Maciel de Sou… em 1977

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